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2011 será o ano do ERP

Este ano que ora finda foi muito bom para o Brasil. A economia cresceu, milhões de brasileiros voltaram ou ingressaram no mercado de trabalho, tivemos eleições pacíficas e nos desenvolvemos em várias áreas, como aeronáutica, automobilística, energia, medicina e saúde, tecnologia da informação e agribusiness.

O reaquecimento da economia superou as previsões mais otimistas, em parte pela recuperação dos números de 2008, interrompidos a partir de setembro daquele ano pela crise mundial.

Crescemos, então, por 2010 e um pouco pelo que deixamos de realizar no último trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009.

Acredito que, em 2011, cresceremos vigorosamente, embora em ritmo menos acelerado do que o atual, em função dos limites de nossa infraestrutura e da memória inflacionária que teima em não entregar os pontos.

Uma das áreas mais vigorosas do Brasil foi e continua sendo a de TI. Ou, como defendem alguns, de TI + Comunicações (TIC).

O uso da Internet banda larga, de aparelhos celulares, de PCs, notebooks e laptops tem se tornado, cada vez mais, universal em nosso país.

A combinação destes cenários – intensa informatização, mobilidade digital e a necessidade de evitar custos inflacionários – aponta para uma grande tendência: 2011 será o ano dos softwares de gestão administrativa, os ERPs.

Isso ocorrerá porque as pequenas empresas amadureceram. Compraram bons computadores, montaram suas redes, aprenderam a extrair os benefícios de TI. Seus gestores perceberam que pacotes isolados, contudo, exigem muitos profissionais e incitam o retrabalho.

Sem integração, não há solução. Em meio ao crescimento explosivo deste ano, administradores não tiveram tempo para comparar soluções, avaliar seu custo-benefício e investir em bons ERPs. Na verdade, alguns evitaram a mudança tecnológica em período de demanda aquecida, temendo problemas de adaptação.

Mas, em um ano de crescimento mais moderado, certamente vão se debruçar sobre esta necessidade. Ganharam dinheiro em 2010, entenderam que precisavam de uma estrutura mais bem nivelada, então vão investir em avanços tecnológicos.

Até porque estamos atrasados na realização de obras indispensáveis para receber os turistas que acompanharão a Copa do Mundo de Futebol de 2014, e as Olimpíadas de 2016.

Empresas do ramo de engenharia – escritórios de projetistas, de arquitetura, de incorporação – terão de se conectar e falar a mesma linguagem. Seja no ar refrigerado do escritório, ou no movimento de profissionais no canteiro de obras, terão de maximizar os resultados.  Mesmo micro e pequenas empresas de serviços de todas as atividades possíveis e imagináveis poderão participar destes investimentos colossais.

Mas, para isso, terão de se alinhar às grandes corporações que centralizarão as obras. Novamente, o ERP será o instrumento fundamental para ordenar tantos atores neste espetáculo.

As software houses deverão, também, fazer sua lição de casa, contratando e treinando profissionais, adquirindo equipamentos e softwares de última geração, melhorando a prestação de serviços a seus clientes emergentes. Além disso, montarão soluções que contemplem as várias necessidades do mercado.

Será um crescimento gerador de empregos qualificados e bem remunerados, que contribuirá para o fortalecimento do comércio e de serviços. Que, por sua vez, puxarão

a indústria e o agribusiness.

Tudo joga em favor do Brasil. Se não errarmos em excesso, 2011 será um excelente ano para todos.

Se acertarmos mais do que errarmos, será um ano inesquecível, que fundamentará as bases para o tão desejado crescimento sustentável e ambientalmente correto.

* Robinson Klein, Diretor de Mercado da Rede CIGAM

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